10/03/11

Inutilmente a manhã na fronte

perde-se
em rugas de sulcos fundos
que repousam seus gentis gomos
nos cílios fluviais dos trilhos das margens
duras da vida

Ao lado o rio que corre…
E inutilmente o ciclo que arrefece
(...)
chicoteado pelo esquecimento
Ali gesticulam efémeros gestos de prazer…

Ali, a dádiva emprenha o ventre virgem
no galopar do vazio do tempo
(...)
da noite que só
álgida
se cobre da ausência da luz

Sem comentários:

Enviar um comentário

Prolegómenos sobre “Na Teia do Esquecimento” de Antero Jerónimo

Doem-me as mãos com que te escrevo estes versos… É do peso da espingarda, é do canto que se obrigam a escrever ...