09/09/11

Sonata para uma noite só

Ias-me falando de amor...
aos poucos
o sussurrar da tua voz aos meus ouvidos
soava a notas plangentes e húmidas
suavizando-me a pele
e aturdindo-me os sentidos.

Dizias-me melodias que eu não entendia
porque navegava à bolina
num mar profundo de erecção.

Eram o sussurrar da tua voz
o quente do teu respirar
profundo
e o frenesim explorador da tua língua
o mundo.

Um mundo nómada sem ser errante...
um mundo à parte
um mundo sem sarcasmo
sem buscar invenções de luxúria
com sabor a falsa arte. Era o nosso mundo
em direcção ao húmido esplendor
dos nosso orgasmo.

2 comentários:

  1. *Sutil, fluido, leve...tocante.
    Senti-me entre as brumas amorosas dessa poesia passional e sensória.
    Adorei conhecer da tua escrita.
    Beijo-te com carinho
    Karinna*

    ResponderEliminar

Prolegómenos sobre “Na Teia do Esquecimento” de Antero Jerónimo

Doem-me as mãos com que te escrevo estes versos… É do peso da espingarda, é do canto que se obrigam a escrever ...