09/09/11

mãos esculturais por descobrir

Além,
das silhuetas perdidas
num horizonte de fogo e sangue,
a vida.

O olhar vencido
cheio de mar e solidão
fatiga-se no cansaço
da noite
à procura da luz outra.

Eternizam-se os mitos
inventados
na aridez das palavras construídas
sem sabor.
Falta a coragem de dizer com voz outra
mesmo que doam e sejam áridas
as palavras por escrever.

Não há mitos.
Apenas mãos esculturais
na construção das constelações
por descobrir.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Prolegómenos sobre “Na Teia do Esquecimento” de Antero Jerónimo

Doem-me as mãos com que te escrevo estes versos… É do peso da espingarda, é do canto que se obrigam a escrever ...