Vem de longe aquilo que se considera ser o "germe do
Republicanismo" em Portugal e que deu lugar à queda da Monarquia e à
implantação da República no dia 5 de Outubro de 1910.
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1.
A «Revolta da Granja», conduzida pelos
sargentos espanhóis em 1836 na sequência daquilo que foi a revolta liberal do
país vizinho, teve repercussões inevitáveis do lado de cá da fronteira com Espanha.
Estala em Portugal em 10 de Setembro do mesmo ano a Revolução Setembrista -
vitória de curta duração e de resultados nada palpáveis na vida do povo, mas
que serviu para mostrar que tal só foi possível porque a tropa, abandonando os
oficiais superiores que comungavam das ideias das elites monárquicas, se
colocou ao lado dos revoltosos populares pela mesma causa comum - livrarem-se
da pata pesada da ditadura monárquica que os asfixiava e combater os males que
grassavam: a fome e a miséria, a degradação social e a indiferença perante as
injustiças.
A sociedade militar, aqui composta pelos
oficiais inferiores desse tempo - os sargentos (a que se juntavam os cabos e
soldados) - tal como os civis das classes assalariadas, ganhavam uma
insignificância; aos familiares dessa mesma sociedade militar não se assegurava
a mínima protecção social na doença, na morte e na invalidez. Em igual situação
estavam os civis assalariados.
Nuns e noutros fervilhavam novas ideias e
comungavam do mesmo ideário político - derrotar a monarquia e os seus ditadores
e criar a república. Mas, se estes oficiais inferiores (sargentos ao tempo) e o
proletariado das fábricas e dos arsenais do exército e marinha forneciam a
massa humana para a revolta, faltou-lhes os dirigentes. Estes, pertencentes à
pequena e média burguesia, perseguiam outro objectivo. Depressa essa burguesia
levantou voo para os salões da nobreza e fez conluio com as filhas casadoiras
que juntavam os destinos encapotados aos utentes da alta burguesia. Ínvios
foram os jogos do poder desses dirigentes da pequena e média burguesia.
As "Guardas Nacionais", elemento
decisivo para a defesa da causa democrática, era, para esta, a sua força mais
homogénea. Os seus soldados e sargentos identificavam-se com os problemas do
povo, com as suas aspirações, tinham a mesma determinação política. Oliveira
Martins (historiador) diz-nos que «os
chefes do movimento (setembrista)
procediam à mobilização das forças militares e da Guarda Nacional. Toques a
rebate atraíam aos quartéis grande número de soldados, ao mesmo tempo que
muitos populares se ofereciam como voluntários e neles se armavam conduzidos e
chefiados por sargentos».
Mas a vontade popular não fazia parte dos
interesses da pequena e média burguesia. As lutas daqueles eram consideradas
boas se interessavam e eram proveitosas para estes. Eram de reprimir se ultrapassassem
os interesses dos burgueses. A Liberdade,
Igualdade e Fraternidade, eram palavras que só a burguesia se permitia definir,
mas nunca para além dos seus interesses e da sua visão egocêntrica.
Almeida Garrett diz-nos que o povo eram
aqueles que «por seu talento ou valor ou
importância adquirida, ou herdada, por todos quantos pelo nascimento, por
cabedais, mérito pessoal, se elevavam em consideração da massa geral a toda e
qualquer proeminência social». (Vitor de Sá "A Crise do Liberalismo e
as primeiras manifestações das Ideias Socialistas em Portugal), Seara Nova,
1969, pag. 51 (este povo era a burguesia). O resto era a plebe. Tal e qual, era
a definição que o "antigo regime" dava para definir a existência
humana. Recuando no tempo, igual ao modo como Platão e Aristóteles
classificavam a sociedade.
2.
A revolta da «Patuleia», também conhecida
por revolta popular do «pé descalço», estala no alto Minho em 1847; vai
evidenciar todas estas contradições e sofismas. Esta irritação do povo minhoto
quase desemboca numa vitória de consequências previsíveis e só o não foi porque
fora desencadeada fora do tempo. Só não é vitória porque a burguesia controla a
situação recorrendo às armas da «Quádrupla Aliança» que se firmara em 1834
entre Portugal, Espanha, França e Inglaterra, visando impor regimes liberais
nas monarquias ibéricas, expulsando os infantes D. Miguel de Bragança, de Portugal e
D. Carlos de Borbón, de
Espanha, mesmo que tal obrigasse à entrada de tropas estrangeiras nos
respectivos territórios. A «Quádrupla Aliança» foi invocada para legitimar uma
nova intervenção estrangeira que, na Primavera de 1847, pôs termo à
guerra civil da «Patuleia» que havia rebentado na sequência da «Revolução da Maria da Fonte» e do
golpe palaciano da «Emboscada».
Mais uma vez, em evidência, os poderes ínvios da burguesia que recorre a uma
aliança inválida, mas invocada, no entanto, para sufocar a insurreição popular.
Termina a «Patuleia» com a deportação de 3.000 populares, então embarcados no
Porto com destino a Lisboa, para suposta expedição marítima - forma encapotada
de condenação.
Costa Cabral, em 1849, volta ao poder em
Portugal para iniciar a sua segunda ditadura. Tão pesada quanto o pode ser a
lei contra a liberdade de imprensa, a imensa fortuna angariada em pouco tempo e
os abusos continuados da oligarquia dominante com o envolvimento da própria
rainha nalguns escândalos.
Uma certa parte da intelectualidade, os
trabalhadores tipógrafos e povo anónimo de militares de baixas patentes vão
chamar a si os destinos futuros de Portugal.
A guarnição militar do Porto formada por
sargentos e soldados vão iniciar o derrube de Costa Cabral com um levantamento
a 26 de Abril de 1851. Reclama-se, em Lisboa, a abdicação da rainha.
Propaga-se, com intensidade cada vez mais crescente, o regime republicano.
Confia-se ao marechal Saldanha, entretanto
regressado do exílio, a tarefa de governar. É a rainha que faz tal solicitação,
com carta de convite elaborada e escrita por Almeida Garrett. Diz-nos o
historiador Vitor de Sá «o marechal
colocara-se à frente da revolta iniciada em 1851 para salvar este reino de uma
revolução popular cujos resultados ninguém podia prever». Mais uma vez a
estratégia da política burguesa: serviram-se do movimento das massas para
conseguirem os seus intentos económicos e políticos; afastaram e reprimiram as
massas populares quando o perigo passou.
Termina em 1852 a época liberal com a
promulgação da «Acta Adicional à Carta» Constitucional, mas ficaram de pé as
estruturas básicas do seu pensamento e acção - a causa liberal era progressista
e, como tal, merecera e merecia, daí para a frente, a confiança do povo. E isso
compreendera-o, desde a primeira hora, a burguesia. Burguesia que era a classe
social historicamente preparada para tomar o lugar da monarquia mas que tinha
em mente, uma vez atingido o poder, virar as costas aos problemas do povo e
integrarem-se nas hostes conservadoras. Era próprio da sua política de
conveniências!
3.
1890 - O «Ultimatun» - o descontentamento
lavrava no país: a crise moral e financeira do regime monárquico era a
principal culpada deste descontentamento geral. Agrava-se o descontentamento
com o ultimato lançado a Portugal pelo Reino Unido a 11 de Janeiro de 1890, exigindo
a retirada imediata das forças portuguesas dos territórios situados na região
do Lago Niassa, a pretexto de que as tropas do explorador Serpa Pinto tinham
reprimido povos africanos considerados sob a tutela inglesa. O desejo de unir
Angola a Moçambique na esperança da concretização do «Mapa Cor de Rosa»
transforma-se em vergonha nacional da burguesia portuguesa. O governo português
capitula e a opinião pública não perdoa. O povo reage, de imediato, de norte a
sul do país perante esta afronta estrangeira à independência, ao contrário do
governo que mantém uma atitude submissa aos ingleses. Colérico, o povo faz cair
o governo do partido progressista, substituído à pressa por outro do partido
regenerador que toma, como primeira iniciativa, o pedido de protecção à
Grã-Bretanha, para si e para o rei. Enfurecem-se os ânimos arreigados ao
sentimento patriótico da nação.
O partido republicano incapaz de conduzir
as massas à revolta, ou não querendo fazê-lo por acomodação e cobardia,
ficou-se por acções desordenadas, gorou expectativas e perdeu a oportunidade da
revolta infligindo a morte à monarquia. Muitas foram daí para a frente, e até à
Revolta do Porto em 31 de Janeiro de 1891, as manifestações republicanas:
sinceras umas, duvidosas muitas outras. Intelectuais, juventude universitária,
militares e povo em geral clamavam pela implantação da República.
Entretanto o governo movia-se, cada vez
mais, em ditadura, restringindo a liberdade de imprensa e reunião,
reorganizando as "Guardas Nacionais" de Lisboa e Porto, não para
defender a constituição mas para garantir a sustentabilidade da insuportável
monarquia. Diz-nos João Chagas: «dum lado
fica a monarquia, com a sua aliada Inglaterra que não quis repudiar. Do outro
lado fica a nação, contra a Inglaterra e contra a monarquia».
O partido republicano recebe cada vez mais
aderentes de sectores não populares da sociedade. O proletariado, fora do
controlo dos pensadores que porfiavam exercer sobre a massa trabalhadora as
suas acções, não tinha aí lugar. Uma maré de intelectuais
socialistas-idealistas vogava, à deriva, numa mistura de utopia e anarquia sem
rumo nem plano ideológico; politicamente, confrontavam-se três ordens de
interesses no jogo do poder: num lado a alta burguesia monárquico-capitalista,
com alicerces no estado e na riqueza; no outro, a pequena e média burguesia em
busca de soluções para chegar ao poder; no meio o numeroso proletariado em luta
pela sua emancipação.
4.
A «Revolta do Porto» (a Revolta dos Sargentos
de 31 de Janeiro de 1891
Por muito que a história teime em atribuir
ao Partido Republicano a autoria da Revolta do Porto em 31 de Janeiro de 1891,
ela foi um levantamento militar, de sargentos e praças, contra as cedências do
governo e da Coroa ao ultimato britânico de 1890. Tão só o Partido Republicano reúne
em congresso a 1 de Janeiro de 1891 de onde saiu um directório eleito
constituído, entre outros, por Teófilo Braga e Manuel de Arriaga, aproveitou a
situação caótica que se vivia em Portugal para mostrar os ínvios e dolorosos
caminhos republicanos. Analisemos:
- A «Revolta do Porto», por muito que se
diga em contrário ou em desabono, foi obra dos sargentos sedeados na capital
nortenha, pela falta de resposta dos oficiais comprometidos com o regime.
- Os sargentos da revolta «agitaram o marasmo dos quartéis, levantaram
Caçadores 9 e Infantaria 10 no dia da revolta, conduziram as tropas para fora
dessas unidades e entregaram-nas ao três oficiais participantes logo que
tiveram ensejo».
- Afinal eles «também eram povo - o tal "povo dum raio" do antes quebrar que
torcer -, com a miséria latente e a fome da justiça como arma de combate».
- «Em
poucas horas a derrota dos sargentos consumou-se, isolados e metralhados que
foram no Campo de Santo Ovídio. (Mas) restou-lhes
a consolação de terem cumprido a palavra dada». (Os Sargentos na História
de Portugal, Editorial Notícias)
Veja-se, quando foram metralhados:
- Onde estavam, o que restava do partido
republicano, sob a égide do tenente Homem Cristo para o apoio, para o repúdio,
para defenderem a honra de quem dera o corpo ao manifesto por uma causa que
todos consideravam justa?
Ninguém! Nenhum dos do partido republicano
apareceu. Para estes, foi a «continuação da eloquência e do conforto». Para os
revoltosos, os julgamentos em tribunal de guerra e o degredo. Eram, assim, os
caminhos ínvios dos republicanos.
5.
A ditadura de João Franco e o 28 de Janeiro
de 1908
João Franco chega ao poder em Maio de 1906
e, um ano depois, dissolve o parlamento. No plano militar, na sua acção
governativa, que foi meritória, empenha-se em solucionar as precárias condições
em que o exército vivia. A contrastar, a sua acção política foi desastrosa. A
ditadura e a repressão violenta - caminho escolhido por João Franco - ainda
mais enfureceu o ódio pela monarquia.
Contra estas medidas nasce mais um
movimento republicano, abortado à nascença em 28 de Janeiro de 1908 - «movimento republicano esse mais uma vez
animado no interior das Forças Armadas pelos sargentos da Guarnição de Lisboa»
(General Ferreira Martins, História do Exército Português, Tomo XVI, pag. 494).
É o próprio D. Carlos que assina o decreto que confere a João Franco mais
poderes para prolongar no tempo as violências sobre as liberdades em geral e
sobre os revoltosos do 28 de Janeiro em particular.
Entretanto, assassinado em 1 de Fevereiro
de 1908 o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe, é D. Manuel II,
menino e moço, que se vê rei de um momento para o outro. Na realidade é sua mãe
- D. Maria II - quem vai governar, nefastamente, com recurso a uma avalanche de
frades e jesuítas e outras congregações religiosas, que infiltra em todo o
aparelho do estado, nomeadamente no ensino e no meio militar. D. Maria II
aceita o conluio com a Espanha e a Inglaterra para tramar Portugal. A Espanha
firmara um tratado secreto com a Inglaterra onde uma cláusula secreta acordava
o seguinte: «Em troca do reconhecimento
espanhol da posse inglesa de Gibraltar, o governo de sua majestade
comprometia-se a enviar as suas esquadras para sufocar um possível movimento
revolucionário em Portugal». (Hermano Neves, Como Triunfou a Republica,
pag. 30). O patriotismo da rainha não ia além das aparências.
O novo rei destitui João Franco e convoca
eleições a 5 de Abril de 1909. Uma grande chacina se deu no dia do sufrágio:
para desmotivar, nos espíritos mais conciliadores, qualquer simpatia pelo rei e
pelo regime, a Guarda Nacional varreu à rajada, de encontro às paredes da
igreja de S. Domingos, o povo que aí se concentrava com o objectivo de vigiar a
contagem dos votos.
No inconstante partido republicano
desenvolvem-se duas teorias sobre o modus
operandi na realidade política: Uma, defensora da conciliação com as
autoridades monárquicas, era liderada por Bernardino Machado e Afonso Costa; a
outra optava pela revolução, que desejava.
O partido reúne em congresso em Setúbal com
o fim de acertar posições. Por um voto, apenas, optam pela revolução. Elegem um
Directório, que integrava também os comités civil e militar, para levar a cabo
essa missão, mas tal nunca funcionou por culpa da inércia partidária. Difícil era consegui-lo, ou quase impossível,
pelo facto de se misturarem, no comité militar, civis e militares.
Verificada a ineficácia desse comité
militar, o Directório republicano recorre a um outro constituído unicamente por
oficiais. Também este segundo comité militar do partido republicano se viu a
braços com dificuldades impossíveis de ultrapassar. O partido republicano ( versus maçonaria) debatia-se com o pouco
entusiasmo dos cidadãos; o Directório do partido e os republicanos influentes, não
queriam coordenar esforços com a carbonária que, entretanto, crescia nos meios
militares como também votavam ao desprezo a força e a legitimidade dos
sargentos agirem ao lado do povo e da revolução. Apesar destas contrariedades
todas, duas datas foram marcadas pelos republicanos para o início da revolta.
Ambas recusadas pelo comité militar devido à escassez de oficiais.
6.
Os ínvios e dolorosos caminhos da República
Dezanove foram os anos de lenta agonia,
entre 31 de Janeiro de 1891 e 5 de Outubro de 1910, para que a árvore
carunchosa da monarquia desabasse e entregasse as armas e os brasões. Ia
virar-se uma página da história com séculos a mais de duração. Terminava no
Campo de Santo Ovídio uma primeira fase da luta do povo, do vulgo, dos
militares de baixa patente pela liberdade, mas continuar-se-ia, Santo Ovídio,
numa segunda fase, em Lisboa, junto ao Marquês, de Cascais a Vila Franca de
Xira, por Loures, Barreiro, Moita e Almada.
Mau grado estas contrariedades todas e sob
pressão da Carbonária e o apoio da Partido Republicano, defensores do recurso
às armas, os republicanos lançaram-se, finalmente, após dois anos de
controvérsias e hesitações, ao assalto do poder em Lisboa. Na madrugada do dia 4 de Outubro de
1910, a revolução iniciou-se em Lisboa com o movimento revolucionário de
pequenos grupos de conspiradores formados por membros do exército e da marinha
(oficiais e sargentos) e alguns dirigentes civis e uma grande concentração de
populares armados. A revolução apoia-se
na revolta dos quartéis e na acção de milhares de civis indispensáveis ao
controlo da cidade de Lisboa que, com actos de sabotagem, cortam os acessos
emboscando as tropas fiéis ao regime.
A
Revolução saiu vitoriosa e na manhã de 5 de Outubro de 1910 foi proclamada a
República em Portugal, a segunda na Europa e anunciado o Governo Provisório das
varandas da Câmara Municipal de Lisboa pela voz de José Relvas.
A burguesia republicana argumentará valores
para si, que não tem, cantará basófias e fará crer aos oficiais de baixa
patente e ao povo que avançará ao sinal combinado. Pura ilusão! Recuará, e para
bem longe, ao soarem as primeiras contrariedades, irá até ao suicídio e à
deserção do campo de batalha.
A implantação da república não se ficou a
dever, exclusivamente, às peripécias da Rotunda. Afirmar tal, não seria de todo
justo. Contudo, tal foi decisivo mercê do finca pé dos sargentos e cabos em
levar ao comando da fase terminal da revolta o comissário naval Machado Santos,
que ingressou na Armada como sargento. Meritório, também, foi o trabalho
anónimo dos civis e a resposta positiva e decisiva dos navios de guerra
postados na posição de fogo para a batalha final à sombra da Bandeira Nacional
da República desfraldada desde o dia 4 de Outubro de 1910 em Almada.
Se a vitória da República foi popular, e
sem dúvida que o foi, os habituais apanhadores de louros e coroas alheias
tomaram, para si, sofregamente, as rédeas do poder derrubado. Da varanda do
Município Lisboeta, em 5 de Outubro de 1910, repetia-se a história em catadupas
de palavras e promessas a desabar sem a certeza de se cumprirem.
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Alvaro Giesta © Crónica e
Recensão
(texto publicado na revista BIRD em 5 de Outubro de 2015)
(texto publicado na revista BIRD em 5 de Outubro de 2015)
Principal fonte de consulta: OS SARGENTOS
NA HISTÓRIA DE PORTUGAL (Biblioteca de História) de Vaza Pinheiro, Editorial
Notícias. Foi seguida, de perto, a narração dos factos históricos, aqui
descritos, que contribuíram para a Implantação da República em Portugal.
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